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Incansável leitora, amante das cartas - meio que adorava se expressar – e a mais “insistente” fotógrafa da família, que pedia paciência para esperar a máquina “cargar”. Costureira, bordadeira e criadora de aconchegantes blusas, toucas e os famosos sapatos de lã. Apressada e atrapalhada.
A responsável por disseminar a receita das deliciosas “croquetas”, que dão água na boca só de imaginar. Minha companheira de caminhadas pelo centro de Araraquara com a necessidade engraçada de sempre comprar calcinhas.
Possuidora de uma bolsa que era como um tesouro, que guardava toda sua vida, como a agenda telefônica, na qual anotava os contatos de todos da família. Porém, só os “oficialmente da família” eram passados à caneta. Os outros continuavam a lápis, precaução adotada caso tivessem que ser apagados. Telefonava em todos, eu disse TODOS, os aniversários.
Muito vaidosa, não deixava de estar sempre com batom e com seu anel de pedra verde. Não tinha furos nas orelhas, mas usava brincos de pressão.
Saudade não era uma palavra de seu vocabulário natal, porém ela sabia como ninguém seu significado quando pensava em sua terra.
Apesar de reservada, tinha uma presença contagiante entre filhos, noras e netos, com os quais era bastante carinhosa. Adorava conversar, aliás esse era seu traço mais marcante, já que possuía um idioma único, mas que todos da família entendiam.
Surpreendeu a todos com uma força incomum e louca vontade de viver!

São detalhes de sua vida e personalidade que estarão sempre guardados em meu coração e que farei questão de contar aos meus filhos e netos.

Te amo, vó!

P.
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Não, este não é um texto de auto-ajuda, do tipo “escute sua voz interior”. A minha pergunta é: você já escutou a própria voz?


Por conta do meu trabalho, em algumas situações, sou obrigada a gravar minha voz: quando faço a maioria das entrevistas, ligo o gravador. Algumas vezes, nem uso a gravação, tudo o que escrevo no meu caderninho já me serve. Mas, às vezes, tem um nome específico ou números precisos, em que acabo recorrendo à gravação na hora de escrever a matéria.

E confesso: não gosto da minha voz. Acho esquisita. O mais engraçado é o meu sotaque caipira. Puxo muito o “R”. Sou paulistana e nos últimos três anos morei na cidade grande, mas o caipirês ficou grudado em mim.

Quando eu trabalhava em S. Paulo, uma vez me perguntaram se eu era do interioR. Fiquei pensando: “que exagero, não falo tão diferente deles assim”. Ah, mas falo! Se três anos não foram suficientes, agora, que voltei pra terrinha, a tendência é só pioraR!
P.
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Está difícil tirar as teias de aranha daqui do blog, mas prometemos, a Rê e eu, que vamos voltar a escrever. Eu nem falei com ela ainda, mas vamos voltar sim!

É que muita coisa mudou: eu mudei de São Paulo para Araraquara, passei 3 meses em casa e agora voltei ao trabalho, numa revista bem legal daqui da cidade. A Rê mudou de Araraquara para Poços e virou “fessora, uai!” Ela está dando aula na Federal de Alfenas.

Bom, histórias é o que não faltam. A Rê tem que contar da nova vida, do café mineiro e até dos seus treinos de corrida. Eu, a cada dia aqui na revista, descubro uma história nova, com meus entrevistados.

Voltaremos em breve!!!

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Sempre achei uma complicação ir ao açougue, açougue de verdade, que só vende carne. Isso porque tenho que saber o nome e a quantidade da carne que quero. Quando compro direto no supermercado, escolho a bandeja pelo tipo de carne e pelo tamanho e levo pra casa. Simples assim!

No açougue tenho que saber os tipos de carne de panela, os tipos de bifes...muito difícil! Mas confesso que estou aprendendo e descobrindo que a carne do açougue é melhor que a do supermercado.

Hoje, enquanto minha irmã via o preço de sofás e mesas de jantar, aproveitei para dar uma chegadinha em um açougue famoso da cidade. Como já estou me acostumando, sabia que tinha que pedir uma quantidade de bifes de contra-filé, uma quantidade de carne moída, o famoso medalhão de frango, que já vinha embaladinho e, portanto, o mais fácil de pedir e linguiça calabresa.

O açougueiro, muito simpático, perguntou o que eu queria e eu pedi o medalhão de frango, que ele prontamente separou, e 8 bifes de contra-filé. Ele aproveitou e fez uma piadinha: "8 kilos?". Achei engraçado. Depois ele voltou e pedi meio quilo de carne moída. Ele perguntou qual carne e eu disse "toda entendida": Patinho. E ele aproveitou e soltou outra piada: "Patinho?", eu disse que sim e ele disse "vou atrás de um marreco". 

Pensei: "acho que agora chega de piadas, né?" e não é que ele voltou e falou: "tirei todas as penas".

Foi tanta piada, ainda mais em um lugar que acho complicado de pedir as coisas, que fiquei inibida e deixei de pedir a linguiça calabresa, com medo da piada que poderia vir embalada no momento do meu pedido.

P.
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A notícia da morte de Saramago me tirou o fôlego assim como os longos parágrafos de seus maravilhosos livros também o faziam e que me lembro que era o que mais as pessoas criticavam nele e para mim o que mais me entusiasmava a ler suas histórias e me trazia sempre o mesmo questionamento: como ele consegue escrever dessa forma com poucos pontos e vírgulas? (essa introdução foi só uma experiência de tentar escrever como Saramago ou minha forma de homenageá-lo).

Não lia Saramago pensando apenas em suas polêmicas a respeito da religião e sim concentrando-me na forma como ele costurava a língua portuguesa para dar vida às suas histórias. Ele se tornou um de meus autores preferidos, talvez o segundo preferido, ficando atrás só de García Marquez.

Tenho aqui ao meu lado quatro livros dele, A Viagem do Elefante, Caim, Todos os Nomes e o Conto da Ilha Desconhecida que, apesar do nome comprido é o mais curto deles; somando-se a esses li também Ensaio sobre a Cegueira (o que me apresentou ao mundo Saramago), O Homem Duplicado e O Evangelho segundo Jesus Cristo.  

Ele nunca parou de escrever e de nos brindar com seus romances e contos, já que a última obra “Caim” é bem recente, foi lançada no ano passado. É triste pensar que não teremos mais livros dele. Ainda tenho muitas obras para ler, mas queria mais.
P.
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Ontem, domingão, fui assistir TV de manhã e zapeando pelos canais, parei no Cartoon. Há muito tempo que não assisto desenhos em casa. Só me interesse quando está passando alguma animação no cinema.
Pois bem, parei para assistir um desenho da Turma da Mônica. Eu amo os personagens do Maurício de Sousa! Eu lia as histórias em quadrinhos quando criança e acabei por juntar uma quantidade considerável de gibis na época. Aliás, acho que a minha paixão por leitura começou com os quadrinhos da Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali... Gosto tanto deles que tenho toda a turma em bonequinhos, aqueles agarradinhos.
E, para minha surpresa, os desenhos da Mônica passam em um espaço na programação do Cartoon chamada Brazuca, exclusivo para as produções nacionais. Achei ótima a iniciativa!
Enquanto eu assistia ao desenho, fiquei me perguntando por que eu gosto tanto desses personagens e suas histórias. É difícil explicar, mas acho que é pela simplicidade: são crianças que brincam na rua com seus amiguinhos, brigam, criam aventuras e só!  É o espelho do que deve ser a infância e acho que um espelho do que foi a minha infância.
Quando crianças, eu a Rê, sempre alugávamos os mesmos desenhos na locadora: os dois clássicos da Turma da Mônica, que confesso que tive que procurar o nome deles no Google porque não me recordava mais, mas que guardo a capa de cada um deles na memória até hoje. Um é aquele em que em uma das quatro historinhas, a Mônica vira ratinho, que chama "As Aventuras da Turma da Mônica", e o outro é o dos robozinhos, "A Princesa e o Robô".
Recentemente, vi que criaram o desenho da Turma da Mônica crescidinha. Ficaram legais, mas para mim eles sempre serão crianças!
P.
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Nada como os dias ensolarados do inverno que alimentam a alma com luz e felicidade...



R.
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Esse post fresquinho está sendo escrito numa atípica noite de sexta-feira que tinha tudo para ser ótima e acabou sendo surreal... Eu e meu namorado resolvemos procurar o que estava acontecendo em Curitiba esta noite e a página em destaque dos sites da cidade anunciava um festival de gastronomia que começa hoje e vai até amanhã na Praça Espanha, no bairro Batel. A propaganda é tentadora. Vários restaurantes e docerias da região do Batel associaram-se nesse evento que prometia pratos de gastronomia sofisticada, vinhos e doces saborosos. O preço também parecia tentador: R$ 12,00 os pratos salgados e R$ 8,00 os pratos doces. Bom, lá fomos então.

A praça estava lotada, a música muito boa com um cover dos Beatles e a fila para comprar as fichas era grande. Bom, na fila já descobrimos que os antes baratos pratos por R$ 12,00 não passavam de pequenas amostras em tigelinhas de isopor descartáveis e as bebidas eram tacinhas de vinho com cerca de 100 ml por R$ 12,00. Ou seja, aquilo era só uma degustação mesmo! Para você comer bem, seriam necessárias umas 3 tigelinhas daquelas para cada um e umas 2 taças de vinho. O que para mim, pareceu muito caro, para ainda comermos em pé e com garfo de plástico. Com esse valor, podemos comer em um super restaurante aqui em Curitiba, com boa bebida e lugar confortável.

Não que a comida não fosse boa, nós comemos um ravióli que estava muito bem feito, recheado com queijo, molho de cogumelos e vitela. Mas, óbvio, continuamos com fome e não estávamos a fim de gastar R$ 100,00 na pracinha.

Resultado: só nos restou o Au-Au. Isso mesmo! É o nome de uma rede de lanchonetes daqui especializada em hot-dogs. Leiam: HOT! Pensei, ufa, vou matar minha fome. Pedi um hot-dog e um chá batido com limão. Mas, acho que a cozinha errou e me mandou um ice-dog e um chá sem gelo... É, foi assim mesmo.

Ao final, só nos restou rir e muito!!! Hoje definitivamente não era dia de comer bem... Estávamos longe do paraíso da gula!

R.
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A primeira vez que vi esses docinhos, achei que eram de plástico, de massinha. Mas comecei a ler sobre o assunto, que já virou moda e febre no Brasil e vi que eles são "de comer". Estou falando dos cupcakes: uns bolinhos com confeitos, coberturas, muito bem decorados, que parecem que saíram do cenário da Hello Kitty.
Os cupcakes são delicados, caprichados e podem dar asas à imaginação, adequando-se a qualquer tema para uma festinha, data especial, uma recepção ou até mesmo um lanche divertido!
Quem adora artesanato fica babando por eles: é uma infinidade de acessórios disponíveis levando nossa criatividade às alturas.
Um site bem legal que tem tudo em matéria de cupcakes é o Barra Doce. Eles vendem os produtos (forminhas, assadeiras, livros) dão dicas para eventos diferentes, receitas, têm um blog e, o melhor, apresentam todos os lançamentos.  Eu dei uma olhada no site e fiquei apaixonada pelas forminhas decoradas: com bolinhas, listrinhas, bichinhos e outras "inhos e inhas" que a gente gosta tanto! Dá uma olhada nesta aqui.
Eu tenho que confessar! Estou louca para provar um desses bolinhos: será que tenho coragem de comer? São tão bonitinhos....
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Quem já não brigou pelo seu preferido ao abrir uma caixa de bombons em família? Parece que os melhores sempre vêm menos e todos querem os mesmos. Aqui em casa não é diferente. Cada um tem sua caixa preferida, entre as 3 marcas mais conhecidas, Nestlé, Garoto e Lacta e dentro de cada caixa, cada um tem seu bombom preferido. Porém alguns são unanimidades, pelo menos para mim e para a Pati.

No almoço desse fim de semana, eu e minha irmã nos deliciamos com uma caixa de bombons Garoto, que em nossa opinião, é a melhor entre as 3, pois foi a que conseguiu se manter menos alterada ao longo do tempo e, portanto, é a que nos lembra mais os tempos de infância. Quem não volta uns bons anos ao se deparar com aqueles bombons quadradinhos, como o Opereta, Nougat ou Alô Doçura? E, para mim, eles se mantiveram iguais até hoje. Nada de Opereta em barra. Tem que ser o bombom quadradinho, que agora vem em 2 unidades na caixa da Garoto. Ufa, uma disputa a menos...

Clássicos para nós são também o Confeti da Lacta, juntamente com o Lancy (hum, um dos meus chocolates preferidos), Shot e Ouro Branco (bem mais complexo em termos de sabor do que o Sonho de Valsa – tá, podem me matar!)

A Nestlé, a de menor ibope para nós duas, traz o mais tentador dos bombons: o Alpino. Esse rei dos reis, hein? Tem ainda o Charge, mais antigo, e o Diplomata, o chocolate chique.

Entre as inúmeras discussões sobre quais são os melhores bombons, decidimos elencar quais os bombons que comporiam uma caixa perfeita, segundo a Pati e eu. Vejam se vocês concordam.
Aqui está ela:

- SHOT (Lacta)
- LANCY (Lacta)
- AMANDITA (Lacta)
- DIAMANTE NEGRO (Lacta)
- OURO BRANCO (Lacta)
- CONFETI (Lacta)
- OPERETA (Garoto)
- NOUGAT (Garoto)
- ALÔ DOÇURA (Garoto)
- CROCANTE (Garoto)
- MUNDY AVELÃ (Garoto)
- ALPINO (Nestlé)
- CHARGE (Nestlé)
- PRESTÍGIO (Nestlé)
- DIPLOMATA (Nestlé)
- CRUNCH (Nestlé)

E aí, não seria um deleite poder comprar uma caixa dessas???

R.
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Estou lendo “Alucinações Musicais”, do neurologista Oliver Sacks, em que ele discorre sobre diferentes quadros clínicos mostrando a influência e até o poder que a música consegue exercer no cérebro, como dar ritmo a pacientes com dificuldades de movimento, por exemplo.

Com essa leitura, comecei a pensar na música e nos sons e qual a minha relação com isso. Bem, quanto à música posso dizer que sou um zero à esquerda. Sei apreciar, mas não sou apaixonada. Acho belíssimo quem sabe tocar algum instrumento, porque me parece uma tarefa de outro mundo. Minha irmã, quando fazia aulas de órgão e treinava em casa, tentou me ensinar, mas acho que não consegui nem tocar o “Parabéns para você”! Para mim, as partituras são um enigma e é mais fácil eu tentar entender chinês do que chegar perto de interpretar aquilo.

Meu avô tem uma coleção vasta de tudo o que se relaciona com música clássica e, desde pequena, me acostumei com essas músicas, mas mesmo assim essa experiência de infância não me influenciou a ponto de fazer eu ter interesse pela arte musical.

Mas o fato de eu ser distante de música não quer dizer que não tenha um bom ouvido (óbvio, não para música!). Aliás, ouço bem até demais. Assim, fico irritada com um som alto na rua, seja do trânsito, de alarme, de alguém falando alto, ou dentro de casa, quando a TV está com volume alto. Pareço uma velha ranzinza!

E o pior é que a minha boa audição me causa um pequeno transtorno: ter a minha atenção facilmente levada para a conversa de um desconhecido, que não precisa estar muito próximo a mim. Sinto-me uma antena parabólica!

Se estou no ônibus ou metrô e consigo ouvir a conversa das pessoas, fico prestando atenção. E o mais triste é que os assuntos que escuto não tem importância nenhuma para minha vida. Nessas horas, tento me desligar, mas não consigo.

Quando viajava de ônibus todos os finais de semana e na poltrona da frente ou de trás ou do lado tivessem duas pessoas conversando, ficava a viagem inteira escutando e acabava até conhecendo uma parte da vida das pessoas: fulana que brigou com o namorado, que vai visitar a avó, que começou em um novo emprego etc.

Quando eu tinha um walkman ou discman (é...isso faz tempo) era a única forma de me distrair, mas não era sempre que conseguia fugir dessa situação. Se eu tinha algum livro, também conseguia me desligar, mas tinha que ser “O livro com A história”, aquelas que prendem o leitor.

Por que a minha atenção é levada para conversas de desconhecidos, eu não sei! Só sei que isso me atormenta e demoro para perceber que estou fixando meu pensamento em algo que não tem nada a ver comigo. Quando tenho consciência disso, já é tarde demais para desviar a atenção. Ai se esse meu interesse se voltasse para a música....como seria mais proveitoso!

P.
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Na semana passada estava passeando no shopping Paulista, o shopping dos 3 dígitos (já perceberam que tudo lá custo no mínimo 3 dígitos?) e parei em frente a uma vitrine de Melissas. As sapatilhas e chinelinhos têm um design incrível e parecem bem confortáveis.

Bem, apesar de gostar de Melissas, não posso usá-las. E não é por alergia ao plástico não, é porque meus pés transpiram muito. O nome científico do meu caso é hiperidrose. Não é que eles ficam apenas úmidos....é uma situação que me faz escorregar. Brinco que as Melissas teriam que ter um sistema de drenagem para que pudesse andar com elas.

O mesmo acontece com as Havaianas, que também acho lindíssimas. É impossível eu usar estes chinelos. Meus pés se transformam num manguezal. Nunca estive em um, mas tenho certeza que eles são assim.

Só consigo usar esses calçados de plástico e borracha no frio. Mas quem vai usar chinelinhos no frio? Teria que me mudar para a Finlândia para usar Melissas e Havaianas.

O engraçado é que me lembro de usar sandalinhas de plástico na infância (deveria ser Melissa, que vinha com uma bolsinha). Mas só tenho um flash de um dia estar andando na rua com a minha mãe e me sentir incomodada porque meus pés estavam em bicas.

Mas eu ousei e, no começo deste ano, comprei uma Havaiana, uma que fecha no calcanhar. Já usei bastante, mas não no calor...Tem que estar um dia mais fresquinho. As Melissas ainda não tive coragem de comprar.

Claro que tenho sandálias, mas todas têm o solado forrado. São super difíceis de achar e quando eu acho, tem que durar muito tempo. Mas quem disse que o tecido da sandália aguenta ficar molhado por muito tempo? Tenho que lavá-las toda hora!

Já me revoltei muito com isso. Hoje só faço piada e não deixo de namorar essas sandálias e chinelos.

P.