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Neste ano, eu completarei 30 anos. Como descobri recentemente que esse é um momento de reflexão, resolvi escrever minhas peripécias sobre a minha experiência com essa transição.


Logo após completar 29 anos, ainda não havia notado que a minha 3ª mudança de década estava próxima. Foram tantos anos com 20 e poucos anos, que parecia que aquela seria minha idade para sempre...rs. Porém, passado mais ou menos metade de um ano, eu percebi que alguns pensamentos começaram a me rondar. De cara, achei que era coisa sem importância, influenciada pela mídia ou pelo mundo que me rodeia. Depois, compartilhando minhas questões com amigos que também estavam prestes a fazer 30 ou que já fizeram, eles confirmaram o que eu suspeitava. De fato, eu estava refletindo e me preocupando sobre a minha idade! Passei uns 3 ou 4 meses pensando de maneira incessante e até estressante sobre o meu presente e o meu futuro.

Em certos momentos eu me achava uma pessoa ainda muito nova e capaz de escalar o Everest quando me desse na telha. Segundos depois, achava que eu já não era mais tão nova assim para fazer tudo o que sonhava ainda. Outra hora, achava que a morte parecia uma coisa mais próxima. Ou então, que ser mãe era algo que eu já deveria ter feito. Depois, questionava minha religiosidade e minhas crenças. Acreditava e não acreditava. Sentia mais medo do futuro. Parecia que o mundo andava mais complicado e perigoso. Bateu muita saudade da infância. Minha cabeça estava parecendo um redemoinho. Ufa...

Foi uma fase estranha. Não ruim, pois é certo que o questionamento pode ser bastante saudável. Mas, agora que a calmaria parece ter voltado, sinto certo alívio. Não por ter esclarecido todas as dúvidas, mas acho que porque elas estão mais controladas e eu, menos angustiada. É, eu vou fazer 30...e essa história ainda tem outros capítulos.

R.