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Na ultima sexta foi o dia da minha mudança de São Carlos. Depois de recolher minhas coisas durante duas semanas e com uma casa atolada de caixas de papelão, tive que dizer adeus a minha casinha...

São Carlos definitivamente não será apenas uma cidade que encontrei pelo caminho. Nessas ruas, restaurantes, lojas, universidade e tudo que me rodeou vivi uma história. Foram cerca de 3 anos com descidas, subidas, altos e baixos. Mas foram tempos de rir, se divertir, fazer amigos e amadurecer. Foi tempo de estudar, ensinar, aprender e me “doutorar”.

Daqui levarei lembranças sem fim.


Foi aqui que encontrei a minha carreira profissional e descobri porque eu gostava de estudar tanto... Aprendi o que era reator, escoamento hidrodinâmico, cinética e tudo de processos anaeróbios. Anotei todas para ensinar ao meu filhinho quando ele começar a tentar as primeiras palavras... Descobri que a carreira acadêmica estava muito além do que eu imaginava ser e me apaixonei sem perceber.

Nessa cidade chorei as maiores dores que vivi até então. Me senti sozinha, sem rumo, sem amigos e sem destino. Mas, sempre encontrava alguém que enxugava as minhas lágrimas.

Entre novas descobertas, descobri meus amigos queridos... Eles sabem quem são e como têm um lugar reservado no meu coração. Com eles, vivi grandes risadas, bagunças, conversas sérias e bobas, comilanças sem fim, cantorias, danças, churrascos, enfim... grande parte do que melhor eu vivi nesses anos.

Tem a que me acolheu quando mais precisei... Tem a minha grande companheira de baladas e altos papos sobre a vida... A minha companheira de apê que entende tudo de futebol... Aquela que sempre olha pra mim com um rostinho meigo e todo carinhoso... Aquele que sabe muito sobre tudo e é uma ótima companhia pra bater papo... Tem meu amigo que mora longe agora e que é um dos caras mais românticos que conheço... Tem aquele que vive sonhando com a Europa e sabe tudo sobre as marcas chiques... A vocês eu agradecerei eternamente e deixo um beijo especial na bochecha de cada um.

Nessa cidade também descobri como é fantástico ter um chefe que te inspira, te escuta e sempre tem um conselho certo na hora certa. Além de conhecer tudo da cidade e ter sido minha grande fonte de informação nesta nova terra, ele também me ensinou a valorizar nossa profissão e abriu meus horizontes acadêmicos.

Aqui também conheci grandes figuras, muito engraçadas e que também não serão esquecidas. Nem que seja pra uma boa risada...

Aprendi como é bom ser independente, ser responsável pelas suas contas, saber colocar um prego na parede e levar o carro no mecânico. Essa sensação depois de vivenciada não me deixará nunca mais... podem acreditar que é bom mesmo!

Em Sanca, como chamamos carinhosamente, conheci uma pessoinha muito especial que ocupa um lugar reservado no meu coração e que não será apenas uma lembrança dessa cidade para mim, pois o meu amor não sai mais do meu lado a partir de agora.

São Carlos foi tudo. De zero a dez. O feliz e o triste. O ensolarado e o chuvoso. A companhia e o solitário. E o amor... mais do que tudo!

Obrigada por me receber tão bem e me proporcionar anos incríveis! Tchau...

R.
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Uma viagem por uma estrada desconhecida, sem conhecimento algum das curvas ou paisagens que irá encontrar - foi assim que me senti ao ler "Ishq & Mushq, Amor & Cheiro" (Ed. Nova Fronteira), da escritora Priya Basil.

Não tinha referências da história nem do estilo da autora, o que tornou cada página uma deliciosa descoberta. Não sabia que rumo o enredo ia tomar nem tampouco fiz previsões sobre o desfecho da obra. Não havia lido nenhuma resenha ou crítica do livro: era tudo novidade.

E como é bom ler assim! Geralmente, nos interessamos por um livro porque a mídia destaca a qualidade da história, divulgando que se trata disso, daquilo etc. Ou ainda vamos ler uma obra que já virou filme e, às vezes, já até assistimos ao filme antes de ler o livro, sabendo tintin por tintin tudo o que vai acontecer.

O Ishq & Mushq trata da história do casal Sarna e Karam e sua trajetória pela Índia, África e Inglaterra (Londres), onde se desenvolve a maior parte do livro. É uma leitura agradável, que vai revelando os segredos dos personagens, suas inseguranças e, o que mais marcou para mim, a difícil arte da convivência em família, seja de marido e mulher, pais e filhos, noras e sogros... Fala também da importância da tradição e religião, da mudança de comportamento entre gerações e da influência que a história e passado da sua família tem sobre você.

Quer saber mais detalhes? Eu paro por aqui na minha descrição porque quero que os interessados no livro tenham o mesmo gostinho que eu tive: uma surpresa a cada capítulo! Boa leitura!

P.
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Viajei a Santiago, no Chile, na última semana e voltei de lá com um gostinho de quero mais. É tudo muito arrumado, limpo, uma mistura de prédios novos e antigos e um povo que ama de verdade seu país. Cercada pelas cordilheiras dos Andes, a capital chilena exibe bandeiras, parques e praças por toda parte!

Muito suco de framboesa, peixes e o tradicional pisco sauer (a caipirinha deles) fizeram parte das refeições. Além de passeios, a viagem é interessante porque oferece ao turista muitas lojas grandes de departamento com produtos muito baratos. É difícil se controlar.

E não tem como ir a Santiago e não dar um pulinho a Viña del Mar, a praia que fica a 120km de lá. Para mim, parecia uma cidade cenográfica. Linda demais! Pude ter a oportunidade de conhecer o oceano Pacífico e é claro que molhei a mão no mar...

Conheci a fachada de uma das casas de Pablo Neruda no bairro boêmio Bella Vista, subi ao Cerro San Cristoban, onde é possível ver toda a cidade e aproveitei para passar em todas as barraquinhas de artesanato. Muuuita coisa para comprar! Destaque para os acessórios feitos com a pedra lapiz lázuli, que só existe no Chile e no Afeganistão. Claro que comprei um brinquinho com a pedra para mim e um pingente para a mami!

Vou recomendar esta viagem para todo mundo! Um pacote que não sai tão caro e que oferece boas opções de passeios.

O único momento ruim foi o último dia no check in do aeroporto de Santiago: era hora de dizer tchau para a cidade...

P.
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Viajei ontem (dia 31/12) de ônibus de São Paulo para Araraquara. É, podem pensar: é uma loucura!!! Mas eu não tinha muitas opções de data. Para garantir, há uma semana havia comprado uma passagem para às 14h porque, inicialmente, trabalharia até às 12h do dia 31.

Para minha surpresa, fui dispensada do trabalho e resolvi ir à rodoviária bem cedinho, antecipar a viagem e pegar pouco trânsito. E foi cedo mesmo: acordei às 5h20 e cheguei na rodoviária 5h50. Corri feito louca pelo terminal, cheguei no guichê da empresa Cometa, mostrei a passagem das 14h e como havia lugares para o ônibus das 6h, consegui antecipar minha viagem. O senhor que me atendeu não estava animado. Ficou de cara feia quando viu que eu me aproximei e não requisitei a compra de uma passagem, como todo mundo faz, e sim a substituição de um horário numa passagem comprada anteriormente.

Ele se levantou lentamente, foi até o supervisor, explicou a situação e esperou que a passagem fosse carimbada com o novo horário. Eu desesperada olhava no relógio. Já eram 5h58 e o senhor não voltava com a minha passagem. Quando ele me entregou, ainda de mau humor, porque quebrei o script dele de apenas "vender passagens", saí desesperada para a plataforma e acho que fui um dos últimos passageiros a embarcar. Ufa! Chegaria cedinho a meu destino!

O ônibus saiu tranquilamente da rodoviária e todo o meu roteiro estava traçado! Até que ele entrou na marginal Tietê e parou! O motorista desceu, analisou, tentou fazer o ônibus andar e nada.... Sem mais esperanças, anunciou que o ônibus havia quebrado e que teríamos que esperar o próximo Cometa passar.... A minha preocupação era que um "cometa" não passa duas vezes no mesmo dia (tsc tsc...trocadilho sem graça!). Esperamos uns 45 min e só às 7h chegou outro para nos resgatar!!

Naquela espera, o mau humor do atendente do guichê passou para mim: meu script também foi quebrado e não achei legal!!! Me desculpei mentalmente com aquele senhor e sua cara feia!

P.