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Ontem, assisti à reapresentação do programa do GNT “Marília Gabriela Entrevista” com o William Bonner. Foi bem legal ver ele conversando, de forma mais informal (apesar do excessivo cuidado com as palavras) ao invés de apresentar as notícias do JN.

Em uma parte da entrevista, Bonner fala da sua relação com os filhos e diz que já deu palmadas nas crianças. Ele até ironiza: “Eu não espanquei”. Fiquei surpresa com o que ele disse porque hoje as palmadas são assunto proibido e quem bate de leve ou dá chineladas é repreendido. As crianças são intocáveis e, se a regra for quebrada, os pais podem ser chamados pelo Conselho Tutelar!

As palmadas estão condenadas e, na minha opinião, as crianças crescem cada vez mais chatas e sem noção de limites. Claro, nenhum pai deve bater para machucar.

Na minha infância, eu e a Rê sabíamos muito bem até que ponto podíamos ir. Se ultrapassássemos a “linha vermelha”, que geralmente se resumia em uma começar a bater na outra, surgia, de qualquer ponto da casa, o chinelo de crochê. Ele tinha um solado branco de plástico (eu acho) muito duro!!! Devia ter também algum sensor porque minha mãe sempre acertava. Ele fazia até curva!

Não apanhei muito. Era comportada. A Rê levou mais chineladas. E acho que isso foi bom porque sempre respeitamos as pessoas e sabíamos que nem tudo era permitido.

Vejo que alguns pais têm medo das crianças e elas acabam dominando a casa e crescem achando que podem tudo. Isso é muito ruim porque quando elas tiverem que buscar o próprio caminho não saberão como se virar diante de tantos “nãos” que vão levar. Uma chineladinha ou uma bronca mais séria fazem muito bem, sim senhor.

P.
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