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Apelidar São Paulo de "terra da garoa" é um jeito muito simpático de se referir à relação da cidade com São Pedro. Aqui, garoa sim, por alguns segundos....Depois, chove, chove mesmo, por horas e horas, com muito vento e guarda-chuvas virados do avesso.


E tem algumas regras: 1) Fez calorão de dia, cai tempestade à tarde; 2) Segunda-feira de manhã é típico dia de chuva; 3) Choveu, então faz frio (até mesmo no verão); e 4) a mais triste: choveu, então não vou chegar em casa!

É, a chuva causa muito estrago por aqui e não é só no trânsito, que fica mais tempo parado que o habitual ou nas casas, que alagam, mas na cabeça das pessoas: você vai trabalhar, de repente olha pela janela e a cidade virou Gotham City (tudo escuro, muito vento e as árvores se segurando para não vir até o seu andar te dar tchauzinho). A paranoia está instalada: "Não sei que horas vou chegar em casa!"; "Ai, não trouxe o guarda-chuva"; "Meu filho vai voltar sozinho da escola nesse tempo!"; "Esqueci meu bote!".

As pessoas ficam desesperadas e parece que brota mais gente nas ruas, nos metrôs, nos ônibus ou dirigindo carros. Será que há uma multiplicação da população com o mau tempo?

As calçadas parecem uma plantação de cogumelo com a multidão e todos os guarda-chuvas abertos, onde ninguém consegue andar sem esbarrar no outro. O mais engraçado são os ambulantes: eles saem não sei da onde ao primeiro pingo, vendendo guarda-chuvas a R$ 5.

Nuvens pretas são o prenúncio do caos total em São Paulo. É a cidade sempre de brincadeira com a gente. Quem dera fosse só uma garoinha...

P.
2 Responses
  1. Carol Says:

    Sabe as tartarugas ninja, que moravam nos bueiros? Acho que os vendedores de guarda-chuvas também moram, rsss.


  2. JH Says:

    Nossa! É verdade mesmo que as pessoas se multiplicam com a chuva... Talvez haja alguma característica Gremlim em nós! Vai saber...